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Qual é o destino eterno de uma criança que morre?

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Baby. Photo copyrighted. Courtesy of Films for Christ.Em nossa experiência com a Christian Answers Network, uma das questões mais freqüentemente feitas diz respeito à morte e estado eterno de bebezinhos, crianças e aqueles que não são mentalmente capazes de aceitar a Jesus Cristo como seu salvador. Essa questão é carregada de emoção e tem sido debatida desde os antigos pais da Igreja. Infelizmente, as Escrituras não abordam esse tópico direta e explicitamente. Seria presunçoso, portanto, sugerir que nós escrevemos a resposta final e oficial à essa importante questão. Contudo, as considerações seguintes podem ajudar a lançar alguma luz neste assunto confuso.

  1. Em um dos períodos mais negros da vida do salmista, a morte de seu filho, Davi faz uma proclamação que muitos consideram que revela o estado eterno de um bebezinho. 2 Samuel 12:23 declara:

    “Todavia, agora que é morto, por que ainda jejuaria eu? Poderei eu fazê-lo voltar? Eu irei para ele, mas ele não voltará para mim”.

    Será que Davi estava ensinando que ele se reuniria com seu filho no céu, ou que a morte era inevitável para toda vida humana? Muitos estudiosos bíblicos acreditam que o contexto deste verso indica que Davi provavelmente estava reconhecendo a inevitabilidade da morte e, portanto, este verso contribui pouco para nosso entendimento do estado eterno das criancinhas. Se, todavia, alguém preferir acreditar que Davi estava esperançoso de passar a eternidade com seu filho, nós devemos nos perguntar se a sua esperança é uma declaração explícita de uma verdade bíblica.

    Mesmo se Davi tivesse, em um tempo de grande angústia, expressado esperança de estar com seu falecido filho, isso não deve ser visto como uma promessa teológica para a salvação de criancinhas. Davi, embora fosse um homem segundo o coração de Deus, não era infalível, e muitas das coisas que ele disse que pensava não estavam de acordo com a verdade.

    Por exemplo, leia algum dos salmos imprecatórios de Davi: Salmsos7, 35, 55, 58, 59, 69, 79, 109, 137, 139. Embora a Bíblia registre fielmente os sentimentos de Davi e seu chamado por parte de Deus para trazer juízo justo, poucos defenderiam que essas palavras representam a promessa consistente do julgamento de Deus sobre os pecadores.

  2. Nós não podemos simplesmente assumir que as crianças são “inocentes” e são, portanto, isentas das penalidades do pecado. A Bíblia ensina claramente que as criancinhas estão num estado de pecado e precisam ser regeneradas. Elas, assim como toda a humanidade, podem ser salvas somente por meio de Cristo.

    Salmo 51:5 — “Eis que eu nasci em iniqüidade; e em pecado me concebeu minha mãe”;

    João 3:6 — “O que é nascido da carne é carne”;

    Romanos 5:14: — “No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão”).

    Em Mateus 19:14, Jesus fez uma advertência contra proibir as crianças de se achegarem a Ele. Esse relato testifica que as crianças, assim como os adultos, precisam se achegar a Cristo.

  3. Jesus, ao mesmo tempo em que sugeriu a necessidade de as crianças se achegarem a Ele, louvou-as pela sua inocente; —

    “porque delas é o reino dos céus”.

    Enquanto isso é, muito provavelmente, um endosso a caráter e atitudes saudáveis, é também uma aprovação das crianças em geral. Os ensinamentos de Jesus acerca das crianças mostram o maior amor e respeito (Mateus 18:1-6).

  4. Ao mesmo tempo em que o endosso de Cristo ao caráter infantil não é uma negação da natureza pecaminosa, a Bíblia parece mesmo ensinar que, comparadas aos pecados dos adultos, bebês e crianças possuem uma “relativa inocência” (Deuteronômio 1:39, Jonas 4:11, Romanos 9:11)

  5. A fim de reconciliar as verdades de que todos os seres humanos são pecadores, mas que crianças possuem mesmo uma espécie de “inocência relativa”, alguns teólogos têm sugerido que as diferentes variações do pecado implicariam diferentes tipos de “penas de morte”.

    Por exemplo, poderia ser proposto que a penalidade pelo pecado herdado (pecado passado geneticamente de geração a geração) é morte espiritual (separação de Deus), cujo estado, se deixado inalterado e confirmado por pecados pessoais (pecados cometidos pessoalmente como ato de livre vontade) resulta em morte eterna e separação eterna de Deus? A pena do pecado imputado (passado judicialmente, a partir de Adão, diretamente para cada indivíduo - Romanos 5:12f) poderia ser morte física?

    Categoria do Pecado Penalidade Temporal pelo Pecado Penalidade Final
    Pecado Herdado (de geração a geração) Morte Espiritual (separação de Deus) Se não reconciliado, resulta em morte eterna (separação eterna de Deus)
    Pecado Imputado (Judicialmente, a partir de Adão, para cada indivíduo) Morte Física nada
    Pecado Pessoal (ato de desobediência voluntária) Resulta em relacionamento quebrado com Deus para cristãos, requerendo confissão de pecados (I João 1:9). Confirma o Pecado herdado no incrédulo – resultando em morte eterna.

    Se assim for, isso poderia nos ajudar a entender como uma criança (nascida no pecado, embora não tendo, ainda, cometido pecado como um ato voluntário) pode estar sujeita à morte física sem estar sujeita à pena de morte espiritual eterna. Criancinhas, nascidas “culpadas” tanto do pecado imputado (resultando, no final, em morte física) quanto do pecado herdado, não estariam sujeitas às penalidades eternas do pecado até serem confirmadas pelos atos pessoais de injustiça, cometidos com o entendimento de certo e errado. Deve-se confessar que as Escrituras não ensinam explicitamente a existência dessas distinções. A Bíblia, entretanto, abre espaço para essa possibilidade.

  6. A condição de salvação para adultos é a pessoal. Criancinhas são incapazes de cumprir tal condição. Por essa razão, muitos têm sugerido que existe uma idade de responsabilidade. Por isto, entende-se que a uma certa idade na vida de uma pessoa, ele/ela torna-se consciente de sua responsabilidade pessoal por ações erradas.

    Isso não é simplesmente um reconhecimento de causas e efeitos, mas de responsabilidade pessoal. Essa “idade de responsabilidade” seria, provavelmente, diferente para cada indivíduo. De fato, alguns que são mentalmente deficientes podem nunca se tornar conscientes de sua própria luta contra a iniqüidade.

    Novamente, tal conceito não é mencionado de forma explícita nas Escrituras, mas parece ser uma parte aceita dos costumes judeus antigos. Foi sugerido que uma das razões pelas quais os apóstolos não abordaram diretamente o tema da morte infantil seja porque já se entendia, em sua cultura, que uma pessoa não é responsável perante Deus/perante a aliança até chegar à maturidade, aproximadamente aos 12 ou 13 anos de idade.

    Se, em algum sentido, existe uma idade de responsabilidade, parece que existe uma providência para que a criança receba Cristo de alguma outra maneira. Há a possibilidade de que criancinhas sejam alvo de uma graça especial pela qual as regras normais não se aplicam. Nesse caso, nós apelaríamos à salvação baseados no amor e compaixão de Deus por aqueles que são incapazes de fazer decisões acerca de seu destino eterno.

  7. Alguns alegariam que a salvação de uma criancinha está relacionada não tanto com retidão da criança, mas principalmente com a justiça de Deus. Baseados no caráter gracioso de nosso Deus, nós alegaríamos que Deus não condenaria uma criancinha à punição eterna.

    Em Gênesis 18, Abraão conversou com Deus acerca da iminente destruição de Sodoma e Gomorra. Durante sua intercessão, Abraão apelou para a justiça de Deus:

    “Não fará justiça o Juiz de toda a terra?” (vs. 25)

    Para Abraão, era impossível que Deus mandasse destruição e ira sobre aqueles que não a mereciam. Ele alertou a Deus que um Juiz justo certamente faria o que é certo. Em resposta, Deus prometeu considerar a existência daqueles que eram justos e não destruir as cidades se até mesmo dez pudessem ser achados que não se conformassem com a perversidade. Infelizmente, dez pessoas fiéis não foram encontradas.

    Mesmo assim, contudo, Deus provou sua justiça ao salvar e suas filhas da destruição.

Conclusão

Ao longo das eras, esta questão da salvação infantil tem sido debatida com emoção. A persistência desse debate tem sido auxiliada pelo fato de que os escritores da Bíblia não comentaram o assunto de forma explícita. Tendo analisado muitas possibilidades racionais pertinentes, nós podemos dizer com segurança que a salvação de criancinhas pode ser considerada pelo menos uma esperança incontestável. É a minha convicção, contudo, que, embora a salvação de uma criancinha não seja ensinada explicitamente, baseado na justiça e caráter de Deus, a salvação de criancinhas é uma certeza implícita.

Em humildade, nós adoramos um Deus justo que certamente fará o que é justo!


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Autor: Mark Van Bebber, de Films for Christ

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Traduzido por: Renan Pedroso